terça-feira, 29 de dezembro de 2009



Refletindo sobre a oração...

Em uma pequena vila ao pé de uma montanha houve um período prolongado de seca e calor que acabou com as plantações e com o gado, deixando a todos na miséria e passando fome.
Quando a situação já estava insuportável, o líder religioso da aldeia chamou a todos e comunicou:
- Amanhã pela manhã, quando ainda não estiver tão calor, vamos todos subir até o topo da montanha e lá faremos orações para que Deus nos mande chuva. Estando mais perto Dele, acredito que Ele nos ouvirá, verá o sacrifício que estamos fazendo e nos atenderá.
No dia seguinte se reuniram ao pé da montanha, conforme combinado. Porém, antes de iniciar a subida, o líder reparou que um garoto de oito anos estava com chapéu, capa de chuva e galochas, suando desesperadamente naquele calor. Bravo, ele repreendeu o garoto:
- Filho! O que você está fazendo? Você vai morrer de calor, vestido assim.
E o garoto, tranquilamente, virou-se para o homem e disse:
- Nós não vamos pedir chuva para Deus?… Então, precisamos estar preparados!...
* * *
Muitas vezes oramos, mas não cremos que Deus nos concederá o que Lhe pedimos. Ou achamos que não o merecemos, ou pensamos que somos insignificantes demais e o Pai tem coisas mais importantes a fazer do que cuidar de cada um de nós.
Então, quero lhe dizer que não basta orar. É preciso orar com o coração e fé. É preciso confiar em Deus e entregar a Ele as suas preocupações.
Você costuma orar? Como são suas orações? Pense um pouco sobre isso.

* * *
“A oração é o compromisso da criatura com o Criador, compromisso de testemunho e esforço, de dedicação aos superiores desígnios. Toda prece, entre nós, deve significar, acima de tudo, fidelidade do coração”.
(André Luiz – Livro 'Os Mensageiros' – Psicografia Chico Xavier)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O que eu DESEJO a você é ...


Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por final que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

(Victor Hugo)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um Homem chamado Jesus
Certa vez, um Espírito Sublime deixou as estrelas, revestiu-Se de um corpo humano e veio habitar entre os homens.
Porque fosse um exímio artista plástico, habituado a modelar as formas celestes, compondo astros e globos planetários, tomou da madeira bruta e deu-lhe formas úteis.
Durante anos, de Suas mãos brotaram mesas e bancos, onde amigos e irmãos se assentavam para repartir o pão.
Para receber os seus corpos cansados, ao final do dia, Ele preparou camas confortáveis e, porque amasse a todos os seres viventes, não esqueceu de providenciar cochos e manjedouras onde os animais pudessem vencer a fome.
Porque fosse artista de outras artes, certo dia deixou as ferramentas com que moldava a madeira, e partiu pelas estradas poeirentas.
Tomou do alaúde natural de um lago, em Genesaré, e ali teceu as mais belas canções.
Seu canto atraía crianças, velhos e moços. Vinham de todas as bandas.
A entonação de Sua voz calava o choro dos bebês e as dores arrefeciam nos corações das viúvas e dos desamparados.
As harmonias que compunha tinham o condão de secar lágrimas e sensibilizar corações endurecidos.
Como soubesse compor poemas de rara beleza, subiu a um monte e derramou versos de bem-aventuranças, que enalteciam a misericórdia, a justiça e o perdão.
Porque Sua sensibilidade Se compadecia das dores da multidão, multiplicou pães e peixes, saciando-lhe a fome física.
Delicado na postura, gentil no falar, por onde passava deixava impregnado o perfume de Sua presença.
Possuía tanto amor que o exalava de Si aos que O rodeassem. Uma pobre mulher enferma tocou-Lhe a barra do manto e recebeu os fluidos curadores que lhe restituíram a saúde.
Dócil como um cordeiro, abraçou crianças, colocou-as em Seus joelhos e lhes falou do Pai que está nos céus, que veste a erva do campo e providencia alimento às aves cantantes.
Enérgico nos posicionamentos morais, usou da Sua voz para o discurso da honra, defendendo o templo, a casa do Pai, dos que desejavam lesar o povo já por si sofrido e humilhado.
Enalteceu os pequenos e na Sua grandeza, atentava para detalhes mínimos.
Olhou para a figueira e convidou um cobrador de impostos a descer a fim de estar com Ele mais estreitamente.
Acreditavam que Ele tomaria um trono terrestre e governaria por anos, com justiça.
Ele preferiu penetrar os corações dos homens e viver na sua intimidade, para que eles usufruíssem de paz e a tivessem em abundância.
Seu nome é Jesus, o Amigo Divino que permanece de braços abertos, declamando os versos do Seu poema de amor: Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei...
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais, do cap. 3 do
livro Quem é o Cristo?, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

HIGIENE DA ALMA‏
( Deveis procurar acima de toda higiene aconselhada pelos vossos profissionais, a higiene da alma, que é uma vida isenta de vicios e ao abrigo de todas as paixões inferiores ).
JESUS, nosso médico Divino nos oferece seu Evangelho com magnificas e salutares receitas e medicamentos para todos os problemas e situações;
Dedicar-nos a autoconhecer-nos, fazendo seguidamente uma autoavaliação completa e leal, identificando os problemas morais, facilitando dessa maneira o proprio tratamento;
Entender o recado da dor quando reajustes são indispensáveis;
Fazer dieta mental, alimentando-nos de ideias sadias( livros,estudos,conversação ) educando o pensamento para que ele seja sempre construtivo;
Praticar constantemente exercicios físicos ( trabalho no bem ) e psíquicos ( controle das más inclinações );
Empregar aparelhos e próteses inprescindíveis ( mordaça para a maledicência);
Moletas para mover-nos no auxilio aos semelhantes;
Lentes de aumento para enxergar melhor os outros,nossos irmãos em
humanidade;
Aparelhos auditivos não só para ouvi-los mais fraternalmente em seus sofrimentos, mas tambem para escutar os consselhos dos abnegados bemfeitores desencarnados;
Moduladores de voz para serenar, esclarecer, consolar e perdoar os próximos do caminho;
Resguardo espiritual, como atenção, vigilância, prudência, bondade, a fim de mantermos o equilíbrio mental.
Como dedida preventiva e de manutenção da saúde espiritual, vamos tomar as vacinas do amor e do aprendizado autêntico da lei de DEUS ( previnem contra os erros )
Ingerir vitaminas e fortificantes morais ( mediante mensagens e roteiros edificantes ),
Conservar a alimentação sadia de ideias elevadas conjugadas a ação construtiva no bem;
Manter hábitos salutares para o Espírito, até nos momentos de lazer;
E acima de tudo, cumprir o acompanhamento médico: Seguir JESUS.
Reconhecer com gratidão a ajuda inestimável do MESTRE e dos benfeitores queridos, seus embaixadores do AMOR, alguns deles junto de nós para nos ensinar com suas palavras e seus exemplos.
Sem dúvida, não nos é facil agir assim...Mas só depende de nós...E certamente podemos realiza-lo.
Vamos construir o bem o bem dentro e fora de nós, envolvidos por JESUS, nosso generoso guia e modelo, sempre ao nosso lado, nunca desistindo de nós....
O Livro dos Médiuns - Cap. XXIV - Modos de se distinguir os bons dos maus espíritos - itens 262 a 267;‏
262. Se a identidade absoluta dos Espíritos é, em muitos casos, uma questão
acessória e sem importância, o mesmo já não se dá com a distinção a ser feita entre bons e maus Espíritos. Pode ser-nos indiferente a individualidade deles; suas qualidades, nunca. Em todas as comunicações instrutivas, é sobre este ponto, conseguinte-mente, que se deve fixar a atenção, porque só ele nos pode dar a medida da confiança que devemos ter no Espírito que se manifesta, seja qual for o nome sob que o faça. É bom, ou mau, o Espírito que se comunica? Em que grau da escala espírita se encontra? Eis as questões capitais. (Veja-se: "Escala espírita", em O Livro dos Espíritos,n . 100.)
263. Já dissemos que os Espíritos devem ser julgados, como os homens, pela linguagem de que usam. Suponhamos que um homem receba vinte cartas de pessoas que lhe são desconhecidas; pelo estilo, pelas idéias, por uma imensidade de indícios, enfim, verificará se aquelas pessoas são instruídas ou ignorantes, polidas ou mal-educadas, superficiais, profundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, Sentimentais, etc. Assim, também, com os Espíritos. Devemos considerá-los correspondentes que nunca vimos e procurar conhecer o que pensaríamos do saber e do caráter de um homem que dissesse ou escrevesse tais coisas. Pode estabelecer-se como regra invariável e sem exceção que - a linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado. Os Espíritos realmente superiores não só dizem unicamente coisas boas, como também as dizem em termos isentos, de modo absoluto, de toda trivialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se uma única expressão denotando baixeza as macula, isto constitui um sinal indubitável de inferioridade; com mais forte razão, se o conjunto do ditado fere as conveniências pela sua grosseria. A
linguagem revela sempre a sua procedência, quer pelos pensamentos que exprime, quer pela forma, e, ainda mesmo que algum Espírito queira iludir-nos sobre a sua pretensa superioridade, bastará conversemos algum tempo com ele para a apreciarmos.
264. A bondade e a afabilidade são atributos essenciais dos Espíritos depurados.
Não têm ódio, nem aos homens, nem aos outros Espíritos. Lamentam as fraquezas,
criticam os erros, mas sempre com moderação, sem fel e sem animosidade. Admita-se que os Espíritos verdadeiramente bons não podem querer senão o bem e dizer senão coisas boas e se concluirá que tudo o que denote, na linguagem dos Espíritos, falta de bondade e de benignidade não pode provir de um bom Espírito.
265. A inteligência longe está de constituir um indício certo de superioridade, porquanto a inteligência e a moral nem sempre andam emparelhadas. Pode um Espírito ser bom, afável, e ter conhecimentos limitados, ao passo que outro, inteligente e instruído, pode ser muito inferior em moralidade.
É crença bastante generalizada que, interrogando-se o Espírito de um homem que, na Terra, foi sábio em certa especialidade, com mais segurança se obterá a verdade. Isto é lógico; entretanto, nem sempre é o que se dá. A experiência demonstra que os sábios, tanto quanto os demais homens, sobretudo os desencarnados de pouco tempo, ainda se acham sob o império dos preconceitos da vida corpórea; eles não se despojam imediatamente do espírito de sistema. Pode pois, acontecer que, sob a influência das idéias que esposaram em vida e das quais fizeram para si um título de glória, vejam com menos clareza do que supomos. Não
apresentamos este princípio como regra; longe disso. Dizemos apenas que o fato se dá e que, por conseguinte, a ciência humana que eles possuem não constitui sempre uma prova da sua infalibilidade, como Espíritos.
266. Em se submetendo todas as comunicações a um exame escrupuloso, em se
lhes perscrutando e analisando o pensamento e as expressões, como é de uso fazer-se quando se trata de julgar uma obra literária, rejeitando-se, sem hesitação, tudo o que peque contra a lógica e o bom-senso, tudo o que desminta o caráter do Espírito que se supõe ser o que se está manifestando, leva-se o desânimo aos Espíritos mentirosos, que acabam por se retirar, uma vez fiquem bem convencidos de que não lograrão iludir.
Repetimos: este meio é único, mas é infalível, porque não há comunicação má que
resista a uma crítica rancorosa. Os bons espíritos nunca se ofendem com esta, pois que eles próprios a aconselham e porque nada têm que temer do exame. Apenas os maus se formalizam e procuram evitá-lo, porque tudo têm a perder. Só com isso provam o que
são.
Eis aqui o conselho que a tal respeito nos deu São Luís:
"Qualquer que seja a confiança legítima que vos inspirem os Espíritos que presidem aos vossos trabalhos, uma recomendação há que nunca será demais repetir e que deveríeis ter presente sempre na vossa lembrança, quando vos entregais aos vossos estudos: é a de pesar e meditar, é a de submeter ao cadinho da razão mais severa todas as comunicações que receberdes; é a de não deixardes de pedir as explicações necessárias a formardes opinião segura, desde que um ponto vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro."
267. Podem resumir-se nos princípios seguintes os meios de se reconhecer a
qualidade dos Espíritos:
1º Não há outro critério, senão o bom-senso, para se aquilatar do valor dos Espíritos. Absurda será qualquer fórmula que eles próprios dêem para esse efeito e não poderá provir de Espíritos superiores.
2º Apreciam-se os Espíritos pela linguagem de que usam e pelas suas ações.
Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão.
3º Admitido que os bons Espíritos só podem dizer e fazer o bem, de um bom
Espírito não pode provir o que tenda para o mal.
4º Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se
vangloriam, nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros. A dos Espíritos inferiores ou vulgares sempre algo refletem das paixões humanas. Toda expressão que denote baixeza, pretensão, arrogância, fanfarronice, acrimônia, é indício característico de inferioridade e de embuste, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.
5º Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela
correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las
friamente, maduramente e sem prevenção. Qualquer ofensa à lógica, à razão e à
ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que se ostente o Espírito. (N. 224.)
6º A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, senão quanto à forma,
pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo lugar. Podem ser mais ou menos desenvolvidos, conforme as circunstâncias, as necessidades e as faculdades que encontrem para se comunicar; porém, jamais serão contraditórios. Se duas comunicações, firmadas pelo mesmo nome, se mostram em contradição, uma das duas é evidentemente apócrifa e a verdadeira será aquela em que nada desminta o conhecido caráter da personagem. Sobre duas comunicações assinadas, por exemplo, com o nome de São Vicente de Paulo, uma das quais propendendo para a união e a caridade e a outra tendendo para a discórdia, nenhuma pessoa sensata poderá equivocar-se.
7º Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua
ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com desassombro, sem se preocuparem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, aponta a fraude, desde que o Espírito se dê por ser um Espírito esclarecido.
8º Reconhecem-se ainda os Espíritos levianos, pela facilidade com que predizem
o futuro e precisam fatos materiais de que não nos é dado ter conhecimento. Os bons Espíritos fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porém, determinam datas. A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.
9º Os Espíritos superiores se exprimem com simplicidade, sem prolixidade. Têm
o estilo conciso, sem exclusão da poesia das idéias e das expressões, claro, inteligível a todos, sem demandar esforço para ser compreendido. Têm a arte de dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra é empregada com exatidão. Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, ocultam sob o empolamento, ou a ênfase, o vazio de suas idéias. Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, ou obscura, à força de quererem pareça profunda.
10º Os bons Espíritos nunca ordenam; não se impõem, aconselham e, se não são
escutados, retiram-se. Os maus são imperiosos; dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam, haja o que houver. Todo Espírito que impõe trai a sua inferioridade. São exclusivistas e absolutos em suas opiniões; pretendem ter o privilégio da verdade. Exigem crença cega e jamais apelam para a razão, por saberem que a razão os desmascararia.
11º Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com
reserva. Os maus prodigalizam exagerados elogios, estimulam o orgulho e a vaidade, embora pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles a quem desejam captar.
l2º Os Espíritos superiores desprezam, em tudo, as puerilidades da forma. Só os
Espíritos vulgares ligam importância a particularidades mesquinhas, incompatíveis com idéias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é sinal certo de
inferioridade e de fraude, da parte de um Espírito que tome um nome imponente
.
13º Deve-se desconfiar dos nomes singulares e ridículos, que alguns Espíritos
adotam, quando querem impor-se à credulidade; fora soberanamente absurdo tomar a sério semelhantes nomes.
14º Deve-se igualmente desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se
apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não lhes aceitar o que digam, senão com muita reserva. Aí, sobretudo, é que uma verificação severa se faz
indispensável, porquanto isso não passa muitas vezes de uma máscara que eles tomam, para dar a crer que se acham em relações íntimas com os Espíritos excelsos. Por esse meio, lisonjeiam a vaidade do médium e dela se aproveitam freqüentemente para induzi-lo a atitudes lamentáveis e ridículas.
15º Os bons Espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam
aconselhar. Elas, qualquer que seja o caso, nunca deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil. Devem, pois, ter-se por suspeitas todas as que não apresentam este caráter, ou sejam condenáveis perante a razão, e cumpre refletir maduramente antes de tomá-las, a fim de evitarem-se mistificações desagradáveis.
l6º Também se reconhecem os bons Espíritos pela prudente reserva que guardam
sobre todos os assuntos que possam trazer comprometimento. Repugna-lhes desvendar o mal, enquanto que aos Espíritos levianos, ou malfazejos apraz pô-lo em evidência. Ao passo que os bons procuram atenuar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a cizânia, por meio de insinuações pérfidas.
17º Os bons Espíritos só prescrevem o bem. Máxima nenhuma, nenhum conselho, que se não conformem estritamente com a pura caridade evangélica, podem
ser obra de bons Espíritos.
18º Jamais os bons Espíritos aconselham senão o que seja perfeitamente racional.
Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom-senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.
19º Os Espíritos maus, ou simplesmente imperfeitos, ainda se traem por indícios
materiais, a cujo respeito ninguém se pode enganar. A ação deles sobre o médium é às vezes violenta e provoca movimentos bruscos e intermitentes, uma agitação febril e convulsiva, que destoa da calma e da doçura dos bons Espíritos.
20º Muitas vezes, os Espíritos imperfeitos se aproveitam dos meios de que
dispõem, de comunicar-se, para dar conselhos pérfidos. Excitam a desconfiança e a
animosidade contra os que lhes são antipáticos. Especialmente os que lhes podem
desmascarar as imposturas são objeto da maior animadversão da parte deles. Alvejam os homens fracos, para os induzir ao mal. Empregando alternativamente, para melhor convencê-los, os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até demonstrações materiais do poder oculto de que dispõem, se empenham em desviá-los da senda da verdade.
21º Os Espíritos dos que na Terra tiveram uma única preocupação, material ou
moral, se se não desprenderam da influência da matéria, continuam sob o império das idéias terrenas e trazem consigo uma parte dos preconceitos, das predileções e mesmo das manias que tinham neste mundo. Fácil é isso de reconhecer-se pela linguagem de que se servem.
22º Os conhecimentos de que alguns Espíritos se enfeitam, às vezes, com uma
espécie de ostentação, não constituem sinal da superioridade deles. A inalterável pureza dos sentimentos morais é, a esse respeito, a verdadeira pedra de toque.
23º Não basta se interrogue um Espírito para conhecer-se a verdade. Precisamos, antes de tudo, saber a quem nos dirigimos; porquanto, os Espíritos inferiores, ignorantes que são, tratam frivolamente das questões mais sérias. Também não basta que um Espírito tenha sido na Terra um grande homem, para que, no mundo
espírita, se ache de posse da soberana ciência. Só a virtude pode, purificando-o,
aproximá-lo de Deus e dilatar-lhe os conhecimentos
.
24º Da parte dos Espíritos superiores, o gracejo é muitas vezes fino e vivo,
nunca, porém, trivial. Nos Espíritos zombadores, quando não são grosseiros, a sátira mordaz é, não raro, muito apropositada.
25º Estudando-se cuidadosamente o caráter dos Espíritos que se apresentam,
sobretudo do ponto de vista moral, reconhecem-se-lhes a natureza e o grau de confiança que devem merecer. O bom-senso não poderia enganar.
26º Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens, é preciso, primeiro,
que cada um saiba julgar-se a si mesmo. Muita gente há, infelizmente, que toma suas próprias opiniões pessoais como paradigma exclusivo do bom e do mau, do verdadeiro e do falso; tudo o que lhes contradiga a maneira de ver, a suas idéias e ao sistema que conceberam, ou adotaram, lhes parece mau. A semelhante gente evidentemente falta a qualidade primacial para uma apreciação sã: a retidão do juízo. Disso, porém, nem suspeitam. E o defeito sobre que mais se iludem os homens.
Todas estas instruções decorrem da experiência e dos ensinos dos Espíritos.
Vamos completá-las com as próprias respostas que eles deram, sobre os pontos mais importantes.
VACINAS - Calendário de vacinação, efeitos colaterais e contra-indicações .





A imunização através da vacinação é uma das formas mais efetivas de se prevenir doenças infecciosas graves e interromper epidemias. Graças a campanhas de vacinação bem sucedidas nas últimas décadas, doenças como poliomielite, varíola e sarampo praticamente não existem mais em diversos países.
Antes de falarmos com mais detalhes sobre vacinas, vamos ao calendário básico de vacinação.-------------------------------------------
AO NASCER
BCG – Vacina contra a tuberculose
VHB – Vacina contra a hepatite B - 1ª dose
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1 MÊS
VHB – Vacina contra a hepatite B - 2ª dose
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2 MESES
Vacina tetravalente (DTP + Hib) - Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b - 1ª dose
VOP (vacina oral contra pólio) - Poliomielite (paralisia infantil) - 1ª dose
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) - Diarréia por Rotavírus -1ª dose
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4 MESES
Vacina tetravalente (DTP + Hib) - Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b - 2ª dose
VOP (vacina oral contra pólio) - Poliomielite (paralisia infantil) - 2ª dose
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) - Diarréia por Rotavírus -2ª dose
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6 MESES
Vacina tetravalente (DTP + Hib) - Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b - 3ª dose
VOP (vacina oral contra pólio) - Poliomielite (paralisia infantil) - 3ª dose
VHB – Vacina contra a hepatite B - 3ª dose
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9 MESES
Vacina contra febre amarela
A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.
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12 MESES
MMR ou SRC (tríplice viral) - Sarampo, rubéola e caxumba
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15 MESES
VOP (vacina oral contra pólio)- Poliomielite (paralisia infantil) - reforço (4ª dose)
DTP (tríplice bacteriana) - Difteria, tétano e coqueluche ( sem Haemophilus influenzae tipo b) - 1º reforço (4ª dose)
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4 a 6 ANOS
DTP (tríplice bacteriana - Difteria, tétano e coqueluche - 2º reforço (5ª dose)
SRC (tríplice viral) - Sarampo, rubéola e caxumba - reforço (2ª dose)
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10 ANOS
Vacina contra febre amarela - reforço (2ª dose)
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Vacinas não oferecidas gratuitamente na rede pública de saúde.
1.) Antimeningocócica tipo C - Meningite meningocócica - Doses aos 3, 5 e 12 meses
2.) PCV7 heptavalente - Infecções pelo pneumococo - Doses aos 2, 4, 6 e 15 meses
3.) Influenza - Gripe - Doses aos 6 e 12 meses
4.) Varicela - Catapora - Dose única aos 12 meses
5.) Anti-Hepatite A - Hepatite A - Dose aos 12 e 18 meses
6.) Papilomavírus - HPV - doses ao 12 anos com reforços após 2 e 6 meses
Vacinação de adultos e idosos
1.) dT (Dupla tipo adulto) - Contra Difteria e Tétano - Reforço a cada 10 anos
2.) Vacina contra febre amarela - Reforço a cada 10 anos se morar em área de risco. Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.3.) Vacina Contra Hepatite B (em não imunizados durante a infância)
- 3 doses (2ª dose 2 meses depois e 3ª dose 6 meses após a primeira)
4.) Influenza - Anti-gripe - Anualmente após 60 anos5.) Anti-Pneumococo (23 sorotipos) - pneumonia - Dose única em maiores de 60 anos. Reforço após 5 anos.
Efeitos colaterais e contra-indicações
As vacinas produzidas com vírus ou bactérias atenuados não devem, ser administrados em gestantes ou imunossuprimidos como pacientes portadores de SIDA (AIDS), em quimioterapia, transplantados etc...
Vacinas com germes vivos atenuados:
- BCG – Vacina contra a tuberculose- MMR ou SRC (tríplice viral) - Sarampo, rubéola e caxumba- Varicela - Catapora
- Vacina contra febre amarela
Todas as outras vacinas não contém organismos vivos, e por isso, não são capazes de induzir doença vacinal.Algumas pessoas têm alergia à alguns componentes das principais vacinas. É importante realçar que pequenas reações como dor, febre baixa e mal estar após as vacinas, não são consideradas graves e não contra-indicam posteriores reforços vacinais.
Casos especiais que devem ser consultados por alergologista antes das vacinações par se avaliar a gravidade da reação alérgica. São eles:
a.) Pessoas com alergia grave a ovo no caso das seguintes vacinas- Influenza- Febre amarela- MMR ou SRC (tríplice viral) - Sarampo, rubéola e caxumba
b.) Pessoas com alergia a gelatina podem apresentar reações à vacina contra:- Influenza- Febre amarela- MMR ou SRC (tríplice viral) - Sarampo, rubéola e caxumba- Raiva- Varicela- DTP (tríplice bacteriana) - Difteria, tétano e coqueluche
NÃO SÃO CONTRA-INDICAÇÕES A VACINAÇÃO:
- Doenças benignas com febre inferior a 38,5ºC, tais como diarreia e infecções respiratórias
- Doenças neurológicas não evolutivas, como a Síndrome de Down e a paralisia cerebral
- Doenças crônicas cardiovasculares, pulmonares, renais e hepáticas
- Diabetes- Dermatoses, eczemas ou infecções cutâneas localizadas- Reações localizadas, ligeiras ou moderadas, após vacinação prévia
-Terapêutica com antibióticos, corticosteróides (até 20 mg por dia) e esteróides tópicos
-Antecedentes familiares e pessoais de alergia à penicilina, rinite alérgica, febre dos fenos, asma e outras manifestações atópicas-História familiar de complicações e reações graves pós-vacinais
- Antecedentes familiares de convulsões
- Períodos de convalescença das doenças
- Períodos de incubação de doenças infecciosas
- Gravidez da mãe ou de outros contactos
-Prematuridade e baixo peso ao nascer
- História de icterícia neonatal
-Aleitamento materno
- Gravidez (para as vacinas inativadas)
É importante respeitar as doses e período de intervalo entre as vacinas. Em 2008, durante um surto de Febre Amarela em algumas regiões do Brasil, houve uma histeria coletiva, estimulada por uma cobertura sensacionalista da imprensa que levou a população a tomar vacinas de modo equivocado. Além de casos de pessoas que tomaram a vacina mais de uma vez, houve inclusive a morte por febre amarela vacinal de uma paciente que apresentava contra-indicação formal a vacina (usava imunossupressores devido a um quadro de lúpus).
As vacinas devem ser tomadas de acordo com o calendário oficial ou em campanhas organizadas pelo ministério da saúde
RETIRADO DO SITE DO DR. PEDRO PINHEIRO.
Descubra o que é anemia, suas causas, seus sintomas e suas complicações.




A anemia é um dos distúrbios mais frequentes na medicina.Apesar de extremamente comum, ela é muitas vezes mal diagnosticada, mal tratada e quase sempre mal explicada aos pacientes.


E é sobre isso que eu quero falar nesta postagem. Mas antes é necessário uma pequena e simples explicação fisiopatológica.


Você provavelmente já ouviu falar em anemia.Mas você sabe o que é anemia?


Anemia é o nome que se dá quando ocorre uma diminuição dos nossos glóbulos vermelhos do sangue, as chamadas hemácias ou eritrócitos.


São essas células que transportam o oxigênio vindo dos pulmões para todos os outros órgãos.Na prática clínica, o diagnóstico de anemia é feito basicamente por 2 dosagens sanguíneas, presentes no famoso hemograma que todos já devem ter feito alguma vez na vida Hematócrito : percentagem de sangue ocupado pelas hemácias.


- Hemoglobina : proteína portadora de ferro, que fica dentro das hemácias e que transporta o oxigênio dos sangue.O diagnóstico de anemia é feito quando as 2 dosagens estão abaixo do valor de referência.Hematócrito normal > 41% no homem e > 38% nas mulheresHemoglobina normal > 13 g/dL no Homem e 12g/dL na mulher.


Os valores de referência podem variar de um laboratório para outro, e resultados um pouco abaixo do normal devem ser interpretados pelo seu médico, pois não necessariamente indicam doença.


Mulheres com grande fluxo menstrual podem ter valores menores que estes, sem causar qualquer dano a saúde.As hemácias são produzidas na medula óssea e tem uma vida de apenas 120 dias. As hemácias velhas são destruídas pelo baço (órgão situado à esquerda na nossa cavidade abdominal). Isso significa que a cada 4 meses trocamos todas as nossas células vermelhas. A produção e a destruição são constantes, de modo a se manter sempre o número ideal de eritrócitos circulantes no sangue.O ferro é um elemento da hemoglobina. Pessoas com carência de ferro, normalmente por perdas de sangue, não conseguem sintetizar hemoglobina (e por consequência as hemácias) e por isso ficam anêmicas.


Bom, explicado o básico, vamos ao que interessa então.A anemia tem 3 causas básicas:


- Pouca produção de hemácias pela medula.

- Muita destruição de hemácias pelo corpo.

- Perda de hemácias e ferro através de sangramentos.


O CONCEITO MAIS IMPORTANTE QUE DEVE SER APRENDIDO É QUE ANEMIA NÃO É UMA DOENÇA, E SIM, UM SINAL DE DOENÇA.

Uma úlcera no estômago ou um câncer de intestino causam sangramentos e perda de hemácias, levando a anemia.Uma infecção ou tumor que atinge a medula óssea impede a produção de hemácias, também levando a anemia.

Um medicamento que seja tóxico para as hemácias e cause sua destruição antes de 120 dias, também leva a anemia.


PORTANTO, O SIMPLES DIAGNÓSTICO DE ANEMIA NÃO É SUFICIENTE, É NECESSÁRIO INVESTIGAR A SUA CAUSA.


É muito comum pacientes receberem o diagnóstico de anemia e serem tratados com ferro, sem nenhum tipo de investigação, como se todas as anemias acontecessem por deficiência deste elemento. E mesmo aquelas que realmente são por perda de ferro, a causa deve ser elucidada, pois frequentemente estamos falando de doenças do tubo digestivo. O ferro não vai tratar o tumor ou a úlcera do trato gastrointestinal que está a sangrar de modo oculto. Vai apenas mascarar os sintomas a curto prazo e postergar o diagnóstico.


Abaixo uma demonstração do número de doenças que podem causar anemia e ficarão sem diagnóstico se não forem investigadas.

- Neoplasias (câncer)- Insuficiência Renal- Leucemias- Linfomas - Mieloma múltiplo - Doenças do trato gastrointestinal- Hipotireoidismo- Deficiências de vitaminas como B12 e ácido fólico - Toxicidade da medula óssea por drogas- Doenças do fígado - Infecções.- Lúpus- Síndrome hemolítica urêmica- SIDA (AIDS) - Alcoolismo- Sangramento digestivo


ATENÇÃO: Anemia não causa e anemia não vira leucemia ou qualquer outro tipo de câncer, mas pode ser um sinal da existência de um deles.Além de ser um sinal da presença de doenças sistêmicas, existem também as anemias primárias, ou seja, causadas por defeitos próprios na produção das hemácias. As mais comuns são:- Anemia falciforme - Talassemia- Anemia sideroblástica- Esferocitose- Hemoglobinúria paroxística noturna- Deficiência de G6PDNa verdade, qualquer doença que curse com inflamação crônica pode inibir a função da medula óssea e cursar com queda das hemácias, uma situação em que chamamos de anemia de doença crônica.


Quais são os sintomas da anemia?


Como as hemácias são as transportadoras de oxigênio do nosso corpo, a falta delas leva aos sintomas de uma oxigenação deficiente dos nossos tecidos.O principal sintoma é o cansaço. A anemia pode ser tão grave que tarefas simples como pentear o cabelo ou mudar de roupa tornam-se extenuantes.Outro sinal é a palidez cutânea, muitas vezes identificadas até por leigos.
Ainda podemos ter palpitações, falta de ar, dor no peito, sonolência, tonturas e hipotensão.
Um jeito simples de identificar a anemia é olhar a conjuntiva, que é membrana que recobre o olho e a região de dentro da pálpebra. Em pessoas normais ela é bem vermelhinha. Já em anêmicos ela é quase da cor da pele.Quando a anemia é leve, os sinais e sintomas podem ser discretos ou não existirem.
Do mesmo modo, quando a instalação da anemia é lenta e gradual, o corpo tem tempo de adaptar-se a falta de hemácias, e mesmo níveis muitos baixos, podem passar despercebidos pelo paciente.
O importante é procurar ajuda médica sempre que houver suspeita de anemia. Como pôde ser visto, a lista de diagnósticos diferenciais é imensa e apenas o médico é capaz de fazer a distinção correta.
RETIRADO DO SITE DO Dr. Pedro Pinheiro

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O ESPÍRITA DEVE SER
O Livro dos Espíritos – Questão 843


O Espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de convertê-la em tacape na pela dos semelhantes.

Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de cultivar a ternura.

Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.

Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifluidade, incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão.

Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem.

Claro, mas não desabrido, dando a ideia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.

Franco, mas não insolente, ferindo os outros.

Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.

Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.

Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça.

Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.

Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.

Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.

“Conhece-te a ti mesmo” — diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.

André Luiz (Waldo Vieira) (De “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos espíritos Emmanuel e André Luiz)
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

PERFUME DE JESUS

Ao percorrer a história da Humanidade sempre se encontra um rastro perfumado. No princípio, era o incenso, a mirra e outras madeiras aromáticas.
O Velho Testamento registra Moisés construindo um altar de perfumes para Jeová. Entre eles craveiro e rosas.
Depois vieram os unguentos e óleos de substâncias como o timo e o orégano, com que faraós do antigo Egito eram enterrados.
Nas culturas antigas, o perfume era reservado aos deuses e aos rituais. Mas não demorou muito para que simples mortais se apropriassem das receitas perfumadas dos sacerdotes.
Nos grandes centros do Oriente, bem como entre os gregos e romanos, o prazer de perfumar-se tornou-se um hábito cotidiano.
Paris, no século dezesseis, era já considerada a capital dos perfumes. Atribui-se à Catarina de Médicis, que lá chegou em 1533, o impulso decisivo à produção e comércio de produtos aromáticos.
Além de perfumes, pomadas e óleos aromáticos, a moda dos couros perfumados, utilizados na confecção de luvas e outros acessórios difundiu-se pela Europa.
Os aromas, libertos da função dissimuladora de odores desagradáveis, tornaram-se mais doces e suaves, predominantemente florais.
Perfumistas buscavam essências raras e exóticas em flores, ervas, madeiras, resinas e secreções animais para suas fórmulas secretas.
Na perfumada corte de Luís XV, era de bom tom apresentar-se com um perfume diferente a cada dia. E nas datas de festa até os chafarizes eram alimentados com água-de-lavanda ou água-de-rosas.
Todos os perfumes, por mais preciosos ou penetrantes, têm, no entanto, a durabilidade comprometida. Nenhum que seja de caráter permanente. Eis porque proliferam as indústrias de perfume. Esmeram-se no aroma e na durabilidade.
Há todavia um perfume indelével. Personificado em um corpo de homem, andou pela Terra há mais de dois mil anos.
Nascido na quietude de uma noite quase fria, teve Seu nascimento anunciado por um coro de vozes celestes.
Cresceu no ambiente do lar, da oficina e da escola. Adulto, buscou os homens para espalhar a Sua doce fragrância.
Seu próprio nome semelhava aroma raro. Extrato de estrelas saía de Sua boca. Onde quer que passasse, a delicadeza da Sua presença a tudo e todos impregnava.
A Ele se submeteram ricos e poderosos, embora pensassem serem vencedores. Imprimiu tal aroma na alma dos Seus apóstolos que O decidiram imortalizar para a posteridade. Desta forma, os evangelistas se esmeraram para colocar em frascos delicados a essência dos Seus ditos.
Nasceram então os Evangelhos de Mateus, de Marcos, Lucas e João. É por este motivo que toda vez que se abrem as páginas da Boa Nova, o aroma do Cristo se espalha.
Quando a criatura se deixa impregnar por ele, onde quer que esteja e atue, aromatiza lugar, pessoas e circunstâncias.
* * *
Quando você estiver triste e desiludido, observando o mundo cinza e negro, busque o Evangelho. Descerre-lhe as páginas. Concentre-se na leitura de um pequeno trecho.
Permita-se envolver pelo perfume da tranquilidade e da serenidade do doce Jesus da Galiléia.
Não eram diferentes aqueles tempos. Também havia rixas, guerras, corrupção e desonestidade. Mas Ele espalhou a penetrante fragrância da Boa Nova, o extrato do bem.
Use o perfume Dele para colocar um sorriso na face, e distribuir alegria.
Torne-se, onde esteja, um distribuidor do perfume da verdade e da paz.
* * *
Atribui-se a Mateus o primeiro Evangelho. Escrito em língua hebraica, acredita-se que ele próprio o traduziu para o grego.
O evangelista Lucas não conheceu pessoalmente Jesus. Seu Evangelho, possivelmente escrito entre os anos 55 e 60, é uma verdadeira obra de História.
Para Lucas, Cristo é o Divino Médico da Humanidade.


Redação do Momento Espírita com base no artigo A pátria dos
perfumes, da revista Ícaro, revista de bordo Varig nº 134.
Em 07.12.2009.
NUNCA SE ESQUEÇA DE DEUS


1 - 'Deus não escolhe pessoas capacitadas,
Ele capacita osescolhidos.'

2 - 'Um com Deus é maioria.'

3 - 'Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir,
mas até que possamos ouvir a Deus.'

4- 'Nada está fora do alcance da oração,
exceto o que está fora da vontade de Deus.'

5- 'O mais importante não é encontrar a pessoa certa,
e sim ser a pessoa certa.'

6 - 'Moisés gastou: 40 anos pensando que era alguém;
40 anos aprendendo que não era ninguém e
40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM.'

7 - A fé ri das impossibilidades.'

8 - 'Não confunda a vontade de DEUS,
com a permissão de DEUS.

9 - 'Não diga a DEUS que você tem um grande problema.
Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS.'


DECLARAÇÃO:

Eu amo Deus. Ele é a fonte de minha existência, é meu Salvador. Ele me sustenta a cada dia.Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso todas as coisas através de Jesus Cristo, que me fortalece. (Filipenses 4:13)
FORTALEZA



Foi no tempo em que a Águia romana dominava o mundo. Nas praias do Adriático viviam miseravelmente alguns barqueiros. Eram homens rudes, assim transformados pela miséria em que viviam e o trabalho árduo que desempenhavam. Certo dia, um homem se aproximou deles e lhes pediu um barco. Desejava atravessar o mar. Solicitou que preparassem víveres, prometendo bem recompensá-los. Os barqueiros, conhecedores das manhas do mar, lhe disseram que impossível seria a travessia naquela tarde/noite, pois grande tempestade se aproximava. O desconhecido tinha pressa. Insistiu. Afinal, ordenou. O som da sua voz atemorizou os homens que, intimidados, embarcaram, iniciando a longa travessia. Caiu a noite. O vento começou a soprar e logo um grande temporal os envolveu. Em meio às altas e revoltas ondas, a embarcação não parecia nada além de uma casquinha de noz. Os barqueiros se mostravam atemorizados, insistindo nos remos, lutando contra as enormes vagas que ameaçavam a fragilidade do barco. O desconhecido permanecia impassível, rente ao leme, envolto em seu manto, como se nada estivesse acontecendo. Percebendo que o pavor se apoderava da tripulação, voltou-se para ela e falou com energia: Estão com medo? Nada temam. César está a bordo! Foi uma surpresa para todos. Conduziam Júlio César, o famoso conquistador. Sentiram-se revigorados. A esperança lhes renasceu e com músculos de ferro passaram a remar intensamente. Viviam longe das honrarias palacianas, mas sabiam que aquele imperador, em mais de uma ocasião, salvara centenas de soldados de situações perigosas. Encorajaram-se e agiram. Verdade é que o perigo era o mesmo. Exteriormente, nada mudara. Os ventos continuavam a sibilar, agressivos, as ondas lambiam-lhes os corpos rijos, a embarcação ainda estava em perigo. Mas saber que o poderoso romano estava com eles, que suas vidas estavam interligadas, fez-lhes renascer o alento. Mais tarde, o vento cedeu, o mar acalmou-se e à noite terrível, sucedeu o dia. * * * Assim deveria ser nossa confiança em Deus. Ainda que tudo parecesse perdido, irremediável, permanecer com a certeza de que Ele segue conosco. Não desanimar nunca. Não desertar da luta, recordando da admirável frase do Apóstolo Paulo de Tarso: Tudo posso naquele que me fortalece. * * * Mais de uma vez, a simples presença de um homem incentivou outros tantos a prosseguir na batalha. Durante a guerra civil americana, o Presidente Lincoln visitou os soldados, nos campos, com o objetivo de lhes levar novo ânimo, porque as tropas estavam com a moral muito baixa e já lutavam sem vigor. Se a presença de um homem, de um líder, de alguém amado tem a capacidade de operar tais prodígios, que não podemos aguardar da presença de Deus que se faz, em nós, todos os dias?

Redação do Momento Espírita com base no cap. César e o barqueiro, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Melhoramentos. Em 27.11.2009.
A JOVEM MENDINGA

Um dia, como de costume, uma jovem mendiga permanecia na esquina da rua implorando por comida, dinheiro ou qualquer outra coisa que conseguisse.
Ela usava roupas muito esfarrapadas; estava suja e desarrumada.
Como sempre acontecia, um jovem passou por aquela rua sem dar uma segunda olhada para a moça.
Mas quando ele chegou em sua casa e encontrou sua família feliz e confortavelmente instalada, a mesa do jantar bem farta, seus pensamentos se voltaram à jovem mendiga, e ele então ficou muito irritado com Deus por permitir que tal coisa pudesse acontecer.
Ele reprovou pensando: "Como Deus pode deixar isso acontecer?
Porque Deus não faz algo pra ajudar essas pessoas?" Então, ele ouviu nas profundezas de seu ser uma voz lhe dizendo:
- Eu fiz!
Eu criei você!
O Céu e o Inferno - Cap. IV - Intuição das penas Futuras e Inferno cristão imitando o Inferno Pagão- itens 1 a 7;‏


1. - Desde todas as épocas o homem acreditou, por intuição, que a vida futura
seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou o mal praticado neste mundo. A idéia que ele
faz, porém, dessa vida está em relação com o seu desenvolvimento, senso moral e
noções mais ou menos justas do bem e do mal.
As penas e recompensas são o reflexo dos instintos predominantes. Os povos
guerreiros fazem consistir a suprema felicidade nas honras conferidas à bravura; os
caçadores, na abundância da caça; os sensuais, nas delícias da voluptuosidade.
Dominado pela matéria, o homem não pode compreender senão imperfeitamente a
espiritualidade, imaginando para as penas e gozos futuros um quadro mais material
que espiritual; afigura-se-lhe que deve comer e beber no outro mundo, porém melhor
que na Terra. (1)
Mais tarde já se encontra nas crenças sobre a vida futura um misto de
espiritualismo e materialismo: a bea-
__________
(1) Um pequeno saboiano, a quem o seu cura fazia a descrição da vida futura,
perguntou-lhe se todo o mundo lá comia pão branco, como em Paris.
das torturas físicas.
2. - Não podendo compreender senão o que vê, o homem primitivo
naturalmente moldou o seu futuro pelo presente; para compreender outros tipos, além
dos que tinha à vista, ser-lhe-ia preciso um desenvolvimento intelectual que só o
tempo deveria completar. Também o quadro por ele ideado sobre as penas futuras não
é senão o reflexo dos males da Humanidade, em mais vasta proporção, reunindo-lhe
todas as torturas, suplícios e aflições que achou na Terra. Nos climas abrasadores
imaginou um inferno de fogo, e nas regiões boreais um inferno de gelo. Não estando
ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o mundo
espiritual, não podia conceber senão penas materiais; e assim, com pequenas
diferenças de forma, os infernos de todas as religiões se assemelham.
O inferno cristão imitado do inferno pagão
3. - O inferno pagão, descrito e dramatizado pelos poetas, foi o modelo mais
grandioso do gênero, e perpetuou-se no seio dos cristãos, onde, por sua vez, houve
poetas e cantores. Comparando-os, encontram-se neles - salvo os nomes e variantes
de detalhe - numerosas analogias; ambos têm o fogo material por base de tormentos,
como símbolo dos sofrimentos mais atrozes. Mas, coisa singular! os cristãos
exageraram em muitos pontos o inferno dos pagãos. Se estes tinham o tonel das
Danaides, a roda de Íxion, o rochedo de Sísifo, eram estes suplícios individuais; os
cristãos, ao contrário, têm para todos, sem distinção, as caldeiras ferventes cujos
tampos os anjos levantam para ver as contorções dos supliciados (1); e Deus, sem
piedade, ouve-lhes os gemidos por toda a eternidade. Jamais os pagãos descreveram
os habitantes dos
__________
(1) Sermão pregado em Montpellier em 1860.
Campos Elíseos deleitando a vista nos suplícios do Tártaro. (1)
4. - Os cristãos têm, como os pagãos, o seu rei dos infernos - Satã - com a
diferença, porém, de que Plutão se limitava a governar o sombrio império, que lhe
coubera em partilha, sem ser mau; retinha em seus domínios os que haviam praticado
o mal, porque essa era a sua missão, mas não induzia os homens ao pecado para
desfrutar, tripudiar dos seus sofrimentos. Satã, no entanto, recruta vítimas por toda
parte e regozija-se ao atormentá-las com uma legião de demônios armados de
forcados a revolvê-las no fogo.
Já se tem discutido seriamente sobre a natureza desse fogo que queima mas
não consome as vítimas. Tem-se mesmo perguntado se seria um fogo de betume. (2)
O inferno cristão nada cede, pois, ao inferno pagão.
5. - As mesmas considerações que, entre os antigos, tinham feito localizar o
reino da felicidade, fizeram circunscrever igualmente o lugar dos suplícios. Tendo-se
colocado o primeiro nas regiões superiores, era natural reservar ao segundo os
lugares inferiores, isto é, o centro da Terra, para onde se acreditava servirem de
entradas certas cavidades sombrias, de aspecto terrível. Os cristãos também
colocaram ali, por muito tempo, a habitação dos condenados.
A este respeito, frisemos ainda outra analogia: - O inferno dos pagãos continha
de um lado os Campos Elíseos e do outro o Tártaro; o Olimpo, moradia dos deuses e
dos homens divinizados, ficava nas regiões superiores.
__________
(1) "Os bem-aventurados, sem deixarem o lugar que ocupam, poderão afastarse
de certo modo em razão do seu dom de inteligência e da vista distinta, a fim de
considerarem as torturas dos condenados, e, vendo-os, não somente serão insensíveis
à dor, mas até ficarão repletos de alegria e renderão graças a Deus por sua própria
felicidade, assistindo à inefável calamidade dos ímpios." (S. Tomás de Aquino.)
(2) Sermão pregado em Paris em 1861.
Segundo a letra do Evangelho, Jesus desceu aos infernos, isto é, aos lugares baixos
para deles tirar as almas dos justos que lhe aguardavam a vinda.
Os infernos não eram, portanto, um lugar unicamente de suplício: estavam, tal
como para os pagãos, nos lugares baixos.
A morada dos anjos, assim como o Olimpo, era nos lugares elevados.
Colocaram-na para além do céu estelar, que se reputava limitado.
6. - Esta mistura de idéias cristãs e pagãs nada tem de surpreendente. Jesus
não podia de um só golpe destruir inveteradas crenças, faltando aos homens conhecimentos
necessários para conceber a infinidade do Espaço e o número infinito dos
mundos; a Terra para eles era o centro do Universo; não lhe conheciam a forma nem a
estrutura internas; tudo se limitava ao seu ponto de vista: as noções do futuro não
podiam ir além dos seus conhecimentos. Jesus encontrava-se, pois, na impossibilidade
de os iniciar no verdadeiro estado das coisas; mas não querendo, por outro lado,
com sua autoridade, sancionar prejuízos aceitos, absteve-se de os retificar, deixando
ao tempo essa missão. Ele limitou-se a falar vagamente da vida bem-aventurada, dos
castigos reservados aos culpados, sem referir-se jamais nos seus ensinos a castigos e
suplícios corporais, que constituíram para os cristãos um artigo de fé. Eis aí como as
idéias do inferno pagão se perpetuaram até aos nossos dias. E foi preciso a difusão
das modernas luzes, o desenvolvimento geral da inteligência humana para se lhe fazer
justiça. Como, porém, nada de positivo houvesse substituído as idéias recebidas, ao
longo período de uma crença cega sucedeu, transitoriamente, o período de
incredulidade a que vem pôr termo a Nova Revelação. Era preciso demolir para
reconstruir, visto como é mais fácil insinuar idéias justas aos que em nada crêem,
sentindo que algo lhes falta, do que fazê-lo aos que possuem uma idéia robusta, ainda
que absurda.
7. - Localizados o céu e o inferno, as seitas cristãs foram levadas a não admitir
para as almas senão duas situações extremas: a felicidade perfeita e o sofrimento
absoluto. O purgatório é apenas uma posição intermediária e passageira, ao sair da
qual as almas passam, sem transição, à mansão dos justos.
Outra não pode ser a hipótese, dada a crença na sorte definitiva da alma após a
morte. Se não há mais de duas habitações, a dos eleitos e a dos condenados, não se
podem admitir muitos graus em cada uma sem admitir a possibilidade de os franquear
e, conseguintemente, o progresso. Ora, se há progresso, não há sorte definitiva, e se
há sorte definitiva, não há progresso. Jesus resolveu a questão quando disse: - "Há
muitas moradas na casa de meu Pai." (1)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MENSAGEM



O QUE O ESPIRITISMO FEZ POR MIM?


O espiritismo foi uma bênção na minha vida, uma música que toca baixinho aquece e reconforta o meu coração.
Ensinou-me a conhecer o evangelho na senda da luz de Jesus.
O espiritismo ensinou-me a melhor me conhecer e assim poder evoluir.
Melhor compreender o meu próximo e assim poder amar.

O espiritismo ensinou-me que nunca estou sozinha quer esteja trabalhando, com a família, os amigos, feliz ou triste tenho alguém que me acompanha e me ama desde antes de nascer e que está sempre ao meu lado, mesmo se por vezes me esqueço.

O espiritismo ensinou-me de onde venho e para onde vou; E que a semente que deixar hoje será a colheita de amanhã e que se no caminho a dor bater a minha porta haverá sempre uma janela aberta e Jesus para me abraçar.
E sendo assim foi este o caminho que escolhi e é assim que quero viver.

{JOANA CARMO}
Gênese,Cap.XIII – Faz Deus Milagres? Itens 15 a 17;



Um dos caracteres do milagre propriamente dito é o ser inexplicável, por isso mesmo que se realiza com exclusão das leis naturais.
É tanto essa a idéia que se lhe associa, que, se um fato milagroso vem a encontrar explicação, se diz que já não constitui milagre, por muito espantoso que seja.
O que, para a Igreja, dá valor aos milagres é, precisamente, a origem sobrenatural deles e a impossibilidade de serem explicados.
Ela se firmou tão bem sobre esse ponto, que o assimilarem-se os milagres aos fenômenos da Natureza constitui para ela uma heresia, um atentado contra a fé, tanto assim que excomungou e até queimou muita gente por não ter querido crer em certos milagres.
Outro caráter do milagre é o ser insólito, isolado, excepcional.
Logo que um fenômeno se reproduz, quer espontânea, quer voluntariamente, é que está submetido a uma lei e, desde então, seja ou não seja conhecida a lei, já não pode haver milagres.
Aos olhos dos ignorantes, a Ciência faz milagres todos os dias. Se um homem, que se ache realmente morto, for chamado à vida por intervenção divina, haverá verdadeiro milagre,
por ser esse um fato contrário às leis da Natureza.
Mas, se em tal homem houver apenas aparências de morte, se lhe restar uma vitalidade latente e a Ciência, ou uma ação magnética, conseguir reanimá-lo,
para as pessoas esclarecidas ter-se-á dado um fenômeno natural, mas, para o vulgo ignorante, o fato passará por miraculoso.
Lance um físico, do meio de certa campinas, um papagaio elétrico e faça que o raio caia sobre uma árvore e certamente esse novo Prometeu será tido por armado de diabólico poder.
Houvesse, porém, Josué detido o movimento do Sol, ou, antes, da Terra e teríamos aí o verdadeiro milagre, porquanto nenhum magnetizador existe dotado de bastante poder para operar semelhante prodígio.



Fonte. Fórum Espírita

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Os demônios e vampiros existem?

Demônios não existem, pois não há seres maus por natureza. As tão faladas “figuras demoníacas” nada mais são do que simples imagens representativas, criadas pela imaginação dos nossos antepassados, com o intuito de explicar ou dar forma às percepções que alguns indivíduos tinham (médiuns) a respeito dos espíritos inferiores.
O Espiritismo reconhece a existência, sim, de vampiros, mas não daqueles seres maquiavélicos, derivados da imaginação popular, que sugam o sangue dos vivos. Espíritos vampirizadores, como preferimos chamar, são aqueles que se ligam mentalmente, de forma obsessiva, a um outro e, tão grande e doentia passa a ser esta relação, que o espírito de personalidade mais forte (ativa) passa a “sugar”, mesmo que inconscientemente, a energia mental do espírito dominado (personalidade passiva). Importante aqui é saber que a vampirização ocorre em processos de obsessão já bastante adiantados, e se verifica não apenas no plano espiritual, mas também no plano físico, pois que aqui também os encarnados sofrem de desejos incontroláveis, crises de idolatria e dependências emocionais dos mais diversos tipos, o que leva, com freqüência, à criação, cedo ou tarde, de vastos processos obsessivos.

INDICAÇÃO DE LEITURA: Demônios - Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução V; Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, p. 232. Vampiros – Mecanismos da Mediunidade, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, p. 119.

CENTRO ESPÍRITA PAULO DE TARSO

O QUE O SOFRIMENTO PODE NOS OFERECER?


Os espíritos benfeitores afirmam que o sofrimento está presente na vida de todos aqueles que vivem neste mundo e que esta experiência pode ter suas causas em fatos da vida presente ou passada.
É comum o sentimento
de revolta contra o Criador, em especial quando não percebemos com clareza as causas de algumas aflições atuais. Porém, ao aceitarmos que não existe efeito sem causa, entendemos também que estas causas, por mais obscuras que pareçam, possuem uma explicação mesmo em vidas anteriores.
Assim, em sendo artífices de nossos próprios infortúnios, na maioria das vezes, cabe-nos perceber que aprendizado Divino podemos extrair das vivências que passamos.
Percebamos, também, que muitas das vezes o sofrimento envolvido se repete na sua essência no decorrer de nossas vidas. Explico melhor: uma pessoa impaciente, por exemplo, é levada a passar por provas que a principal virtude para a superação será a paciência. E ela será testada quantas vezes for necessário para que exercite essa qualidade. Talvez uma das pistas para descubrir nossas principais limitações seja a análise criteriosa das razões de nossos transtornos. O sofrimento é importante instrumento para a transformação moral, contudo poucos estão abertos às novas lições no momento em que a dificuldade se apresenta.
Hoje, surpreendido por queixas relacionadas às situações difíceis, permito o desabafo e, tão logo possível, questiono se houve algum aprendizado a partir da situação negativa. As respostas, não raras vezes, desviam para indagações envolvidas em desespero: Mas, como posso tirar algo de bom diante da perda de um ente querido? Como me transformar moralmente a partir de um câncer? O que tenho a acrescentar em mim com o fim de meu casamento?
Para confirmar que é possível crescer pelo instrumento da dor, contarei um fato pessoal que trouxe mudanças significativas em mim e em minha família.
Foi em uma manhã de domingo que iniciou, sem dúvida, a maior prova enfrentada pela minha família até aquela data, 07/01/2001. Por volta das 13 horas, eu e meus familiares recebemos a notícia do desencarne de minha irmã caçula, Simone.
Aos 22 anos, em pleno vigor físico e intelectual, regressou à pátria espiritual, vítima de um acidente automotivo. Deixou pai, mãe e três irmãos, além de seu namorado que sobreviveu ao acidente.
À exceção de meus pais, estávamos todos em locais diferentes ao saber do ocorrido. Quando minha esposa me contou, com cuidado, o que havia acontecido, fui envolvido em uma sensação de que tudo não passava de um sonho, ou melhor, de um pesadelo. Não podia acreditar! Tristeza, choro e desespero, reações comuns e esperadas em experiências como essa, foram vividas por mim nos primeiros minutos da notícia fatídica.
Eis que surge a intuição de fazer uma prece. Após isso, a sensação foi clara de que fui anestesiado. Senti-me forte e pronto para ajudar. Parecia que não era mais parte envolvida no problema. Naquele momento, retomei a consciência do aprendizado espírita em minha vida. Até então, este arcabouço teórico estava inacessível. Surpreendentemente reencontrei o equilíbrio e as forças. Era a hora de aplicar o conhecimento espírita.
Sabia que a falta de preparo espiritual, em especial, de meus pais, exigiria de mim uma atenção maior. Ficaram todos bastante abalados, inclusive meus irmãos. Comecei então a mobilizar este pequeno núcleo para a importância de restabelecer o equilíbrio. A justificativa mais convincente para a colaboração de todos era a de que a união familiar poderia auxiliar Simone na readaptação a vida espiritual.
Felizmente a reação positiva iniciou-se nos primeiros dias da partida deste ente querido. Ainda no velório, presenciamos um comportamento incomum para a sociedade ocidental. Respeitada a opção de meus pais de não participarem da cerimônia, o encontro foi marcado por preces, cantos, homenagens e muita inspiração Divina. Senti uma forte emoção ao pressentir a presença de muitos espíritos amigos. Ainda hoje afirmo que consegui enxergar beleza naquele dia,o que gera espanto para algumas pessoas.
O povo da pequena cidade do Maranhão ficou admirado com a resposta incomum para este tipo de perda. Passada esta fase, optamos por buscar o aprendizado da lição. Aos poucos, fui repassando alguns ensinamentos espíritas a meus pais que, totalmente abertos, introduziam as novas lições ao seu dia a dia. Na mesma intensidade, meus irmãos também buscavam o conhecimento Cristão. Para nossa querida Simone, testemunhar a transformação moral de sua família, a partir de uma situação em que ela era a principal personagem, tornou-se motivo de muita alegria. Sua partida havia se tornado um marco. Saber que todos conseguiram extrair lições preciosas para suas vidas, devia ser sem dúvida um motivo de muito orgulho.
Com aquela dor, nós nos tornamos mais amorosos uns com os outros, passamos a nos preocupar mais com o campo da espiritualidade, a criar mais ocasiões especiais em família, a apressar o perdão às ofensas, a focar mais nosso olhar para aqueles que sofrem, entre outros. Saímos fortalecidos e vitoriosos diante da morte e certos de que o amor nos liga a nossos entes queridos já presentes no plano espiritual.
Três meses depois daquele desencarne, fomos acometidos novamente pelo desencarne de vovô, aos 91 anos de idade. Unidos com equilíbrio e muita força em Deus, superamos tal desafio com mais facilidade e somamos mais aprendizado em nossas vidas. Hoje, depois de pouco mais de 5 anos,observo no seio familiar uma bonita fé cristã.
Meu pai e minha mãe, embora em outras experiências difíceis no período, problema cardíaco e câncer, respectivamente, nunca permitiram que a ausência física de nossa caçulinha se transformasse em tristeza. Estamos certos que ela e vovô estão muito bem. Dispostos a continuar os projetos de nossas vidas, só nos restou dizer que vencemos, crescemos e somos imensamente gratos a Deus e aos espíritos pelo apoio que nos foi dado.
Atualmente, sempre que me vejo envolvido em uma prova, penso, inicialmente, que sou capaz de superá-la e procuro compreender qual ensinamento divino está por trás da experiência. Procuro não desperdiçar mais a oportunidade.
E você, como tem agido diante das situações difíceis em que se vê envolvido? Aproveita delas para seu crescimento moral ou apenas sofre
?