sábado, 7 de novembro de 2009

Fábulas e Lições Extraídas dos Hábitos dos Animais

Acima da Impressão Visual
Cigarrinha


Embora possua pernas curtas, a pulga consegue pular até 33 centímetros, o equivalente a 133 vezes o peso de seu corpo. Mas o recorde no pulo pertence à cigarrinha-da-espuma, que tem 6 milímetros de comprimento e consegue saltar até 70 cen­tímetros de altura, ou seja, 414 vezes o peso de seu corpo. Ela pertence a uma espécie que se alimenta da seiva dos vegetais.
A pesquisa é de Malcolm Burrouws, da Universidade de Cambridge, segundo a Folha de São Paulo (31/7/03). Se o ho­mem possuísse a mesma capacidade, conseguiria alcançar al­titudes bem acima do Edifício Itália, em São Paulo, um dos mais altos do país, com 154 metros.



A CORUJA (AMOR)


Ao encontrar-se com um gavião, a mãe-coruja aproveita a amizade com a ave devoradora de filhotes para suplicar cle­mência por seus filhos.
— Por favor, "seu" gavião, não coma meus filhinhos.
— Mas como vou saber quem são seus filhos? — retrucou o gavião.
— Ora, são os mais belos que puder ver! — devolveu-lhe a coruja.
O gavião prometeu não comer os "lindos" filhotes da mae-coruja. Entretanto, ao deparar com seu ninho, não teve duvi­das; aqueles filhotes tão feios não poderiam ser os lindos filhos da coruja, e os comeu.



Natureza da Lama
O Porco



Uma pessoa resolveu mudar a natureza de um porquinho. Depois de dar um belo banho no animal, limpou bem suas orelhas e focinho, escovou sua pele, perfumou-o, adornou-o com lindos colares e ainda amarrou uma fitinha no rabinho, entre outros apetrechos. Contudo, assim que se viu livre, o porquinho não hesitou em mergulhar numa poça de lama, fe­liz em poder extravasar sua natureza.



Mudança Impossível
O Lobo e as Ovelhas


A fim de devorar algumas ovelhas, um lobo arquitetou um plano para infiltrar-se no redil. Depois de vestir-se de pele de ovelha, misturou-se ao rebanho, sendo logo recebido, aparen­temente sem problemas. Entretanto, teve grande dificuldade para se comunicar com as ovelhas, pois não entendia a língua do grupo. Além disso, as ovelhas eram polidas, e o lobo, gros­seiro. Também não conseguiu, nem só por um momento, co­mer capim. O lobo não agüentou por muito tempo e logo de­sistiu da difícil tarefa de se transformar em uma ovelha.


Medo
Domínio do Homem



Em geral os animais atacam quando pressentem o medo no homem. Este é superior e tem o domínio, mas, se demonstrar medo, o animal percebe pelo cheiro e ataca. Quando está com medo, o homem começa a suar, exalando odor perceptí­vel aos animais, especialmente à cobra.
Nos circos, a firmeza do domador subjuga o animal, que "ataca se perceber fragilidade", conforme explica o domador de um circo.



Fidelidade
Pombos


Os pombos vivem em casais e não se misturam para o acasalamento. Quando a fêmea desaparece ou morre, o companheiro tenta conquistar outra fêmea. Esta vive so­mente com um parceiro, nunca com dois ou mais ao mes­mo tempo.



Conclusão Distorcida
Gafanhoto

Um professor tolo fez uma experiência para provar que o gafanhoto é surdo. O primeiro passo foi ordenar que o gafa­nhoto pulasse, e foi atendido. Depois tirou suas asas, mandou o gafanhoto pular novamente, e foi atendido. Em seguida, pas­sou a arrancar suas pernas até deixar o bicho com uma somen­te. Mais uma vez, o tolo deu a ordem:
— Pula!
Todo torto, o gafanhoto conseguiu, com um pequeno im­pulso, dar um pulinho.
Finalmente, o professor retirou a última perna e disse:
— Pula!
O gafanhoto se retorceu todo, mas não conseguiu dar se­quer um pequeno impulso, pois estava sem as pernas e asas.
Daí o professor tolo concluiu que quando as asas e as per­nas de um gafanhoto são retiradas ele fica surdo.


Contrariar para Realizar
Sapo


Um sapo muito ladino foi apanhado praticando um crime. Então, o rei daquele lugar condenou-o à morte, e a corte se reu­niu para decidir como deveria morrer. Passado certo tempo, a sentença foi anunciada. O sapo deveria morrer queimado!
Muito esperto, ao saber da sentença, o sapo começou a gri­tar:

— Por favor, não me joguem na água, tenho medo de água.Se me jogarem na água, morrerei afogado. Por favor, por favor, joguem-me no fogo, joguem-me no fogo!
Depois de ouvir as confissões desesperadoras do sapo, a corte voltou a se reunir e decidiu dar-lhe a morte mais horren­da possível. Assim, determinou:
— Joguem-no na água!
Lá se foi o sapo para o rio. Chuá!
Ao cair na água, o sapo saiu nadando satisfeito e gritando: — Isso mesmo que eu queria! Isso mesmo que eu queria! Isso mesmo que eu queria...


Capacidade
Camelo


A corcunda do camelo tem até 45 quilos de gordura. É consti­tuída de células gordurosas que servem de alimento, agindo como reserva de nutrientes que vão sendo absorvidos pelo organismo na falta de comida e água. Quando o animal é bem tratado, o volume da corcova aumenta. Quando trabalha bastante — o ca­melo anda até 50 quilômetros por dia comcerca de 200 quilos de carga — e é mal alimentado, sua corcova fica enrugada. Seu pri­meiro estômago e suas bolsas armazenam água. Seu alimento no deserto é basicamente composto de folhas da leguminosa acácia. Seu pêlo é usado para fazer roupa e sua pele para fabricar tendas, baús e escudos. Seu leite é consumido como alimento.


Brilho que Incomoda
Cobra x Vaga-lume



O vaga-lume notou que estava sendo perseguido por uma cobra, mas demorou a perceber que esta queria realmente devorá-lo. A perseguição continuou. O bichinho voador, que emite luz intermitente e também é conhecido por pirilampo, passou a ter muito cuidado, pois outros bichos sempre o avi­savam do perigo, pelo fato de a cobra estar determinada a comê-lo. Cansado de tanto fugir, o vaga-lume tomou a iniciativa de enfrentar a fera — por meio de um bate-papo a distância, lógi­co — e então indagou:
— Por que você quer destruir-me? Não lhe fiz nada e alémdisso não faço parte de sua cadeia alimentar?!
Mas a cobra, de imediato, retrucou:
— Realmente você não faz o meu gosto alimentar, mas eunão suporto ver a sua luz brilhar.



Aviso Divino
Pássaros


Em Mato Grosso, à beira do rio Cuiabá, os moradores pas­saram a se precaver das enchentes bem antes de elas chega­rem. Descobriram que um determinado pássaro constrói ni­nho nas árvores que margeiam o rio, em lugares baixos, mas quando pressente as cheias, se prepara, fazendo ninho em lu­gares mais altos. Dessa forma os moradores se previnem mui­to antes de as enchentes chegarem, observando os pássaros.


Aviso
Quero-quero


A presença do pássaro conhecido como quero-quero é co­mum nos pastos de fazendas. Eles se mantêm no anonimato, quase sem serem vistos, mas quando notam a presença de pes­soas ou qualquer movimento estranho, voam cantando com um som alto e estridente. Por isso é conhecido como "dedo-duro". Seus "gritos" dão ciência ao fazendeiro da presença de pessoas estranhas nas proximidades.


Área Demarcada
Cachorro


A exemplo dos felinos, cachorros urinam constantemente para marcar território ou área de domínio. E uma forma de avisar que outro macho não é bem-vindo àquela área. Para se impor, com o auxílio da urina, os cachorros erguem a perna o máximo que podem, como maneira de indicar o seu porte. Quanto mais alto urinar, maior o seu tamanho, saberá o intruso.


O Amor da Mãe-pássaro


Durante um incêndio em uma floresta, um pássaro de­monstrava desespero enquanto tentava aproximar-se do ninho em uma árvore, onde seus filhotes viviam desespero semelhan te pela ameaça do fogo e da fumaça que já os alcançava. Aque­le pássaro sabia que se não conseguisse retirar os filhotes dali, o mais rápido possível, todos seriam queimados. Seus vôos rasantes indicavam as tentativas frustradas de aproximação do ninho, enquanto a árvore começava a queimar-se.
Em dado momento, a mãe-pássaro decidiu "invadir" o ni­nho, cortando o calor e a fumaça ao pousar junto dos filhotes. De imediato, os cobriu com as suas asas enquanto o fogo sapecava tudo, matando-a instantaneamente. Porém, os filho­tes foram salvos pela proteção da mãe.
Embora seja a respeito de um pássaro, esse fato ilustra bem o amor demonstrado por uma mãe, mas também aponta para a realidade divina que alerta:

Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esque­cesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti (Is 49.15

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