segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quando choro meu país


Quando olho meu Brasil, tão vasto em território e tão pobre em amor dos seus filhos;
Quando o vejo tão rico de sol, vida e luz e tantos dos seus filhos vivendo em condições precárias, onde lhes falecem o direito à saúde do corpo e da alma, pois que carecem investimentos governamentais específicos;
Quando contemplo as manhãs brilhantes, gritando esperança, e observo os interesses de poucos sobrepujando o bem-estar de toda uma nação;
Quando me dou conta de que o país é pleno de riquezas minerais, vegetais, hídricas, que são depreciadas;
Quando percebo que há filhos de extraordinários dotes intelectuais, artísticos, do coração, nesta terra, e os vejo abandonarem estas fronteiras para conseguirem seu lugar ao sol em distantes terras, eu choro.
Choro por saber que este país poderia ser o Eldorado dos milhões de seres que aqui vivem.
Lamento ver criaturas esfarrapadas, quando poderiam estar vestindo a camisa do país, no verdadeiro sentido;
Lamento ouvir queixumes, críticas e desaires a respeito de uma terra tão promissora e generosa.
Nesse dia de dores, coloco o hino pátrio para ouvir, bem alto. E penso como seria bom se ele fosse mais ouvido, mais cantado, mais pensado, mais vivido.
E, enquanto os versos musicais se sucedem, enaltecendo a pátria-mãe gentil, seus dotes físicos, a riqueza sem par destas matas, penso que é tempo de nós, brasileiros, despertarmos.
É hora de sacudir a poeira do comodismo e lutar por um país mais justo, onde seus filhos vivam em plenitude.
Onde seus filhos nasçam, com a certeza de que a mãe gentil lhes dará abrigo ao corpo, alimento ao Espírito.
Um país onde se privilegie a instrução, não como algo demagógico, para ser acionado em momentos de estratégia política, mas sim com o objetivo de ilustrar as mentes privilegiadas que somos todos, na qualidade de Espíritos imortais.
Um país onde se possa ostentar não somente as valiosas medalhas conquistadas no atletismo, no esporte, mas igualmente se coloque no peito dos que o servem com dedicação, as medalhas de ouro da gratidão.
Um país onde Ordem e Progresso não sejam somente uma legenda na bandeira.
Mas, sobretudo, uma meta gravada no coração de cada filho seu, nascido em sua terra ou adotado de distantes paragens.
Tudo isso não é utopia.
É possível no hoje e no agora. Será suficiente que cada um de nós ponha em prática sua condição de cidadão consciente dos seus deveres, de forma prioritária.
Estudar, trabalhar, mostrando que filho desta terra, legítimo herdeiro das suas riquezas, somente é aquele que a dignifica com inteligência e suor.
* * *
Amemos nosso país, investindo na cultura, no bem, na justiça.
Orgulhemo-nos do verde da esperança, do amarelo que traduz a intelectualidade, do azul da harmonia e do branco da paz.
Nesse dia, ufanemo-nos, cantando:
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Ó, pátria amada
Idolatrada...
És tu, Brasil.

Redação do Momento Espírita.

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